A temperatura está baixa,
o som do vento é agudo em alguns pontos.
Da boca sai uma engraçada fumaça branca,
da coberta sai um calor invisível.
Lá fora chove fino,
o movimento de pessoas é fraco,
a movimentação de carros é contida.
Os galhos das árvores dançam com o vento.
A lareira aqui dentro,
é quentinha como o quê.
O café da manhã reproduz o cheiro ótimo,
do bolo quente e do café passado.
As blusas tomam conta do corpo,
que já está quentinho,
porém ainda preguiçoso.
Os pés estão envoltos por uma grossa meia de lã.
O dia continua arrastado,
quase pedindo clemência,
ou querendo se recolher para dormir,
ou até querendo apenas um copo de café quente,
para se manter lá fora.
O olhar das pessoas continua condizendo...
Sim, frívolo leitor,
condizendo com a estação que imagino agora,
a estação de minha imaginação!
Os gestos são suaves,
a energia é muito poupada.
Livros bons aparecem junto ao sofá e ao edredom,
sem contar nos deliciosos arrepios na nuca,
que vem e vão.
Nenhuma aparência carrancuda,
apenas aparências cansadas e sentidas,
talvez sentidas “daquela cama”.
Pessoas rezando pelo seu rápido retorno ao quente lar.
Agora me vou entrar em outra aventura,
debaixo do meu edredom,
no meu sofá e com minha meia de lã nos pés.
Tomando meu café quentinho,
deleitando-me com o sopro gelado na nuca.
Fonte: http://sitedepoesias.com/poesias/61620 - Jonathan Cunha 06/09/2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradecemos sua visita, seu comentário é sempre bem-vindo. Volte sempre!!!